Marte ataca com paixão, luta por seus interesses e é destemido e corajoso. Urano separa, rompe, mas renova e permite uma visão clara das situações. Júpiter exagera, traz confiança e, tal como Urano, tem intenso desejo de liberdade. Plutão destrói, elimina, pressiona, mas transforma e regenera.
Esta é uma cruz que solicita providências, iniciativa e novos começos. Não dará para manter o que está obsoleto, algo novo precisa surgir em termos de consciência social, política e econômica.
Os planetas envolvidos na cruz cardinal, com exceção de Marte, são exteriores, atuam com amplitude social. A chegada de Marte, planeta interior, ativa nas pessoas a vontade de agir, de atuar, fortalecendo e impactando o contexto já instaurado no mundo.
Não se pode esquecer que Saturno, o senhor da austeridade, encontra-se em mútua recepção com Plutão, transitando por Escorpião, manifestando sentido de dever e de persistência, aumentando a pressão e a tensão, auditando o mundo “oculto” e o submundo do poder.
Assim, o mosaico do CéudoDia 23 estará sádico, cruel, radical e revolucionário, além de incendiário em termos diplomáticos, sugerindo ações em prol de mudanças drásticas. Não haverá como escapar ou reprimir o espírito de decisão. Decisões terão que ser tomadas. Por paixão, urgência, desejos de independência e liberdade, uma nova fase precisará ser iniciada. Talvez seja preciso dar um basta, eliminar a sensação de impotência, o medo e lutar contra um sistema falido, ao qual se foi submetido durante décadas. A vontade de dominar, de enfrentar todo e qualquer obstáculo que impediu e impede o desenvolvimento e o crescimento socio-econômico estará mais evidenciado. Não será mais possível engolir atos, mandos e desmandos que prejudicam uma nação. Juntamente com o desejo de enfrentamento estarão presentes a crueldade, o fanatismo, a violência, a depredação, a manipulação, acidentes e mortes. Neste contexto, estão surgindo grupos destruidores, mas também aparecem os reformadores, ambos insatisfeitos com o status quo. A coragem surge das entranhas, por mais medo que se tenha de morrer, o desejo de libertação é maior. Combater o mal é mais saudável do que conviver com as ameaças diárias, sem esperanças ou com a vergonha de não ter lutado por condições de vida mais justas. O interesse em participar ativamente faz com que decisões sejam tomadas de maneira bem oportuna, visando o respeito e a valorização de todas as formas de vida. Viver requer mais qualidade de vida em sociedade.
Por outro lado, a prepotência, o autoritarismo e a arrogância, como o egoísmo, ocasionam muitos danos. Por este motivo, aqueles que representam o poder devem tomar cuidado. A compulsão, a obsessão pelo poder, o desejo de ganhar custe o que custar, as imposições antissociais podem ocasionar convulsão social com a possibilidade de interferência de autoridades internacionais que prezam pelos direitos humanos.
Lembre-se: Será preciso respeitar o princípio da fraternidade e, como diz Puiggros, entender “o amor como um conceito universal que une os homens em causas comuns”.