A Grande Sacerdotisa é a representante oficial da intuição feminina, do princípio feminino inconsciente. Aquela que se encontra acima do bem e do mal, com a alma liberta de seu invólucro carnal, como representante da sabedoria superior, clarividência e da conexão com a eternidade. A guia espiritual conduz o indivíduo pelos mistérios do ocultismo, iluminando seu caminho e fornecendo-lhe equilíbrio e inspiração, necessárias, para que ele não mergulhe no abismo.
Vincula-se a Gnose e não a Ciência, por exprimir a revelação oral e escrita do conhecimento oculto. Chamada de A Papisa, A Virgem, A Donzela, A Senhora da Eternidade, A Grande Sacerdotisa denota pessoa decidida que toma iniciativa e sabe o que quer da vida. Sedutora, independente, franca, direta e perceptiva, ela evita falar de si mesma, vivendo de forma reservada e misteriosa. Sabe reter informações e guardar segredos. Faz uso do seu poder de atração com o objetivo de ocasionar mudanças de acordo com seus desejos.
Representa o elo entre o consciente e o inconsciente; o equilíbrio entre a vida e a morte. A senhora da magia e do mistério, aquela que conhece e silencia. Mulher que detém, sem querer mostrar, todos os segredos do mundo e que sabe esperar a hora de agir.
Simboliza a busca pelo real propósito (a riqueza espiritual, a sabedoria emocional, a estabilidade, a reserva e a inércia necessária) sem deixar que nada desvie seu curso. Age por conta própria.
Dentro de um contexto considerado desfavorável, a figura da Senhora da Eternidade denota distanciamento e retraimento, dificuldade de convivência social, a mãe distante e idealizada, a puritana, a moralista, a dona da verdade. Pessoa que manipula informações para tirar vantagens e que sabe guardar segredos com objetivos obscuros. Indica má fé, ceticismo, ciúme, inveja, perturbação emocional, falta de autocontrole, crueldade, atividades ligadas ao submundo.