A carta da A Justiça representa que é chegada a hora de parar, pensar e refletir sobre tudo que foi conquistado e construído ao longo da vida. Momento de analisar e avaliar condutas, comportamentos e tomadas de decisão que levarão o consulente a ter, ou não, suas vontades e desejos realizados. Desconsiderar o emocional, agir de forma consciente e racional são atitudes de fundamental importância para que a análise dos resultados seja fidedigna e sensata.
A Justiça é um arcano que denota responsabilidade e seriedade e requer equilíbrio, atitude madura, imparcial, digna e sensata, sem sentimentalismo, onde os dois lados de uma questão devem ser analisados e levados em consideração. Inclusive, simboliza uma situação que exige concentração, mediação e atitudes requintadas. É símbolo de ordem, verdade, respeito às leis e às regras sociais e da união entre forças opostas. Revela a necessidade de se ter autocontrole, discernimento e racionalidade na busca pela verdade.
Justiça deriva de justus do latim e do francês jus, significando direito, júri, judaísmo, jurisprudência, juiz, justo e justapor.
O arquétipo da carta nos faz compreender que a busca pelo equilíbrio solicita harmonia, beleza funcional e ajustamento social. A Justiça, na grande maioria dos tarôs, aparece representada pela imagem de uma Deusa: fria, distante e inacessível. Uma representante do sexo feminino que está preocupada em colocar fim nas “inverdades”, colaborando para um mundo mais honesto e com menos diferenças entre classes sociais. A simbologia da Deusa sentada entre duas colunas (a da Vontade e da Providência) revela que ela não age, apenas reage a situações respaldada na Lei. Dos símbolos encontrados nas diversas imagens trazidas pelas cartas representantes da A Justiça alguns são idênticos, muito embora a totalidade da imagem seja diferente aos olhos de quem as analisa como pinturas. O importante é que as diferenças apresentadas não interferem no significado global da essência do arquétipo, que pode ser definida como a virtude de dar a cada um aquilo que é seu.
O baralho idealizado por Waite, por exemplo, traz a Deusa Dique com sua coroa em forma de muros, indicando o seu objetivo em proteger e por ordem na cidade e no povo. Retrata que a sua dignidade tanto quanto a sua missão vêm do alto, do Ser Superior. A coroa, como outros objetos apresentados no Raider, também consta da lâmina do Mitológico, que traz a Deusa Atena que ao nascer saltou do cérebro de Zeus armada e vestida, dançando como uma guerreira. Sua inclinação para guerra foi reconhecida no momento do seu nascimento, mas há uma grande diferença entre ela e Ares (Deus da Guerra). Atena sugere o equilíbrio entre a força bruta utilizada pelo Deus da Guerra e outras qualidades, como: à inteligência, o pensamento estratégico, a sagacidade e a diplomacia. Por este motivo, Atena passou a ser reconhecida como a protetora dos guerreiros (Sharman-Burke e Greene, 1988). Apresenta-se com uma espada erguida (símbolo do conhecimento puro) na mão direita; uma balança (representante do equilíbrio entre o espírito e a razão) na mão esquerda e; sobre o ombro esquerdo, uma coruja (pássaro capaz de enxergar com clareza na escuridão da noite).
Este arquétipo, em seu conjunto, “evoca a ideia da Lei, que se interpõe entre a ação livre da vontade individual e a essência do ser; entre a liberdade do homem e a liberdade de Deus”. Simboliza que a sentença aplicada será justa, porque está respaldada na verdade dos fatos, na ordem e na harmonia. Os pós e os contras foram medidos e o veredicto será dado a partir da confrontação e da separação do que é legalmente considerado: certo ou errado; verdadeiro ou falso; verdade ou mentira; imaginário ou real.
É bom lembrar que não são apenas os juízes (autoridades autorizadas pelo Governo Federal) os únicos a julgar. O ser humano tem essa característica, enquanto seres racionais. Logo, a essência deste arcano está inserida no dia-a-dia das pessoas. Quando se tem um fato para ser resolvido, onde se torna necessário opinar, o senso crítico do indivíduo entra ação e ele contata o seu tribunal interior. Com base no seu código de ética é capaz de atribuir julgamentos e declarar uma sentença. O que se quer explicar no parágrafo anterior é que julgar se diferencia de condenar. O julgamento feito pelo homem está vinculado aos seus princípios morais particulares, sobre fenômenos e atos, mas ele é incapaz de julgar o pensamento e muito menos de aprisionar a alma de um outro ser. A condenação imposta pelas Leis Federais, Estaduais e Municipais está estritamente vinculada a regras de convivência em sociedade e jamais ligadas as Leis Universais. A verdadeira condenação ao inferno eterno, conforme revela o Cristianismo e outras religiões, só cabe ao Ser Supremo, que julga em função da qualidade não da quantidade de tempo como faz a Justiça Terrena. Apesar de tanta honestidade e sinceridade, a Justiça, como todos as outras cartas do tarô, possui um lado negativo.
Esta Deusa ou Deus do discernimento e das atitudes corretas e justas na sociedade pode ter comportamento bastante anti-social ou marginal. Numa posição não favorável ela indica situações que envolvam: falta de discernimento, de controle e de compreensão da vida e do mundo; atitudes desonestas, cruéis e antiéticas; falta de dignidade e de integridade; mau uso das palavras e do conhecimento, dificuldade de aprendizagem; insegurança gerada por baixa auto-estima; arrogância intelectual e falta de diplomacia; decisões precipitadas e inconsequentes; frieza, egoísmo, falta de sentimento, solidão, e individualismo. Pessoa incapaz de dividir o que possui e de viver a realidade da vida; situação de exclusão, de reclusão.
Quando este arcano aparece no contexto de uma situação indica necessidade de atenção, seriedade, ponderação, cautela e cuidados não apenas quanto à honra da palavra, mas com relação a qualquer tipo de associação, negociação, incluindo assinatura de contratos ou documentos. Também pode indicar destruição, corte numa conjuntura, devido à reflexão fria e idealista.
Considerações:
“Não se deixa levar pela tentação ou pela inveja. [...] Injustiça, acusação falsa, intolerância, abuso.”
- Kaplan, 1972
O gerador da ordem e da organização. Toda ação, todo pensamento, todo desejo tem sua repercussão fatal para o bem ou para o mal.”
- Wirth, 1976
“Um processo natural de ação e reação na qual a situação presente seja qual for, passará e será contrabalançada por seu oposto.”
- Fairfield, 1981
A Justiça é um arcano que denota responsabilidade e seriedade e requer equilíbrio, atitude madura, imparcial, digna e sensata, sem sentimentalismo, onde os dois lados de uma questão devem ser analisados e levados em consideração. Inclusive, simboliza uma situação que exige concentração, mediação e atitudes requintadas. É símbolo de ordem, verdade, respeito às leis e às regras sociais e da união entre forças opostas. Revela a necessidade de se ter autocontrole, discernimento e racionalidade na busca pela verdade.
Justiça deriva de justus do latim e do francês jus, significando direito, júri, judaísmo, jurisprudência, juiz, justo e justapor.
O arquétipo da carta nos faz compreender que a busca pelo equilíbrio solicita harmonia, beleza funcional e ajustamento social. A Justiça, na grande maioria dos tarôs, aparece representada pela imagem de uma Deusa: fria, distante e inacessível. Uma representante do sexo feminino que está preocupada em colocar fim nas “inverdades”, colaborando para um mundo mais honesto e com menos diferenças entre classes sociais. A simbologia da Deusa sentada entre duas colunas (a da Vontade e da Providência) revela que ela não age, apenas reage a situações respaldada na Lei. Dos símbolos encontrados nas diversas imagens trazidas pelas cartas representantes da A Justiça alguns são idênticos, muito embora a totalidade da imagem seja diferente aos olhos de quem as analisa como pinturas. O importante é que as diferenças apresentadas não interferem no significado global da essência do arquétipo, que pode ser definida como a virtude de dar a cada um aquilo que é seu.
O baralho idealizado por Waite, por exemplo, traz a Deusa Dique com sua coroa em forma de muros, indicando o seu objetivo em proteger e por ordem na cidade e no povo. Retrata que a sua dignidade tanto quanto a sua missão vêm do alto, do Ser Superior. A coroa, como outros objetos apresentados no Raider, também consta da lâmina do Mitológico, que traz a Deusa Atena que ao nascer saltou do cérebro de Zeus armada e vestida, dançando como uma guerreira. Sua inclinação para guerra foi reconhecida no momento do seu nascimento, mas há uma grande diferença entre ela e Ares (Deus da Guerra). Atena sugere o equilíbrio entre a força bruta utilizada pelo Deus da Guerra e outras qualidades, como: à inteligência, o pensamento estratégico, a sagacidade e a diplomacia. Por este motivo, Atena passou a ser reconhecida como a protetora dos guerreiros (Sharman-Burke e Greene, 1988). Apresenta-se com uma espada erguida (símbolo do conhecimento puro) na mão direita; uma balança (representante do equilíbrio entre o espírito e a razão) na mão esquerda e; sobre o ombro esquerdo, uma coruja (pássaro capaz de enxergar com clareza na escuridão da noite).
Este arquétipo, em seu conjunto, “evoca a ideia da Lei, que se interpõe entre a ação livre da vontade individual e a essência do ser; entre a liberdade do homem e a liberdade de Deus”. Simboliza que a sentença aplicada será justa, porque está respaldada na verdade dos fatos, na ordem e na harmonia. Os pós e os contras foram medidos e o veredicto será dado a partir da confrontação e da separação do que é legalmente considerado: certo ou errado; verdadeiro ou falso; verdade ou mentira; imaginário ou real.
É bom lembrar que não são apenas os juízes (autoridades autorizadas pelo Governo Federal) os únicos a julgar. O ser humano tem essa característica, enquanto seres racionais. Logo, a essência deste arcano está inserida no dia-a-dia das pessoas. Quando se tem um fato para ser resolvido, onde se torna necessário opinar, o senso crítico do indivíduo entra ação e ele contata o seu tribunal interior. Com base no seu código de ética é capaz de atribuir julgamentos e declarar uma sentença. O que se quer explicar no parágrafo anterior é que julgar se diferencia de condenar. O julgamento feito pelo homem está vinculado aos seus princípios morais particulares, sobre fenômenos e atos, mas ele é incapaz de julgar o pensamento e muito menos de aprisionar a alma de um outro ser. A condenação imposta pelas Leis Federais, Estaduais e Municipais está estritamente vinculada a regras de convivência em sociedade e jamais ligadas as Leis Universais. A verdadeira condenação ao inferno eterno, conforme revela o Cristianismo e outras religiões, só cabe ao Ser Supremo, que julga em função da qualidade não da quantidade de tempo como faz a Justiça Terrena. Apesar de tanta honestidade e sinceridade, a Justiça, como todos as outras cartas do tarô, possui um lado negativo.
Esta Deusa ou Deus do discernimento e das atitudes corretas e justas na sociedade pode ter comportamento bastante anti-social ou marginal. Numa posição não favorável ela indica situações que envolvam: falta de discernimento, de controle e de compreensão da vida e do mundo; atitudes desonestas, cruéis e antiéticas; falta de dignidade e de integridade; mau uso das palavras e do conhecimento, dificuldade de aprendizagem; insegurança gerada por baixa auto-estima; arrogância intelectual e falta de diplomacia; decisões precipitadas e inconsequentes; frieza, egoísmo, falta de sentimento, solidão, e individualismo. Pessoa incapaz de dividir o que possui e de viver a realidade da vida; situação de exclusão, de reclusão.
Quando este arcano aparece no contexto de uma situação indica necessidade de atenção, seriedade, ponderação, cautela e cuidados não apenas quanto à honra da palavra, mas com relação a qualquer tipo de associação, negociação, incluindo assinatura de contratos ou documentos. Também pode indicar destruição, corte numa conjuntura, devido à reflexão fria e idealista.
Considerações:
“Não se deixa levar pela tentação ou pela inveja. [...] Injustiça, acusação falsa, intolerância, abuso.”
- Kaplan, 1972
O gerador da ordem e da organização. Toda ação, todo pensamento, todo desejo tem sua repercussão fatal para o bem ou para o mal.”
- Wirth, 1976
“Um processo natural de ação e reação na qual a situação presente seja qual for, passará e será contrabalançada por seu oposto.”
- Fairfield, 1981