Na Astrologia, por não ter domicílio ou exaltação em signos de fogo, Vênus confirma sua predisposição receptiva e não ativa, induzindo o venusiano a achar que sempre haverá alguém para lhe dar algo que ele tanto precisa. Apesar da forma delicada com que busca agradar, Vênus pode ser piegas, puxa-saco e interesseira. A gentileza, a delicadeza, a bajulação e a boa vontade com os outros podem esconder uma personalidade cheia de carências afetivas e com baixo auto-estima, insatisfeita com o mundo.
Pessoas com essas características vivem se perguntando: Por que ela e não eu? Por que para ela e não para mim? E, acreditam ser o mundo injusto. Nunca estão satisfeitas como o que possuem e estão sempre querendo mais e mais.
Um comportamento desta qualidade denota outras características, como: a inveja, nervosismo contínuo e dificuldade em manter um relacionamento permanente 100% prazeroso, porque consideram ser o do outro melhor do que o deles. Comprometem-se dando mais do que podem oferecer, pois vivem a espera de uma grande recompensa. Normalmente, dão e esperam receber em dobro ou triplo, mas sempre declaram: “Não era preciso se incomodar. Ah! Obrigado. Poxa! Você foi super gentil”. Contudo, senão recebem o que desejam, ficam amuadas e tristonhas. Entretanto, não se dispõem a fazer sozinhas, estão sempre precisando de ajuda ou de quem alguém se ofereça a fazer por elas. São indivíduos que costumam querer receber as coisas sem grandes esforços e ainda querem que tudo aconteça de forma gentil, harmoniosa e com glamour.
Qualquer Vênus deveria ter a capacidade de amar e de embelezar a vida, tornando-a prazerosa. Mas, infelizmente, o amor não está presente no coração de todas as Vênus. Existem Vênus que são frias, que não conseguem compartilhar sentimentos e não se entregam ao poder do amor, têm dificuldade de manifestar carinho e afeto por si e pelos outros.
Como menciona Artur da Távola, “... Amar é um estado de necessidade atendida, de carência compensada, de doação exercida, de entrega salvadora...”.
Um estado de necessidade atendida envolve ter demasiado amor próprio. O amor surge da nossa capacidade de bem-estar, de estarmos de bem com o espelho, felizes com as nossas idéias e escolhas, só assim somos capazes de suprir carências e aceitarmos a afeição do outro. Amar não é apenas sentir, é dar, receber e retribuir.