Um eclipse impacta e dá ênfase ao signo em que ocorre e este, em 11ºEsc15', ressalta no mundo questões de vida e morte. A proximidade de Saturno que lhe confere o status junto com Plutão e Marte de Senhor do Eclipse, sugere que as transformações que venham a ocorrer serão de grande durabilidade e que de passageiras e superficiais nada terão.
Na minha opinião, que Deus tenha piedade dos falsos fortes, falsas estruturas e tudo que embora já tenha sido alertado pelo tempo, já morreu e não admite.
Não é um evento piedoso ou luminoso, definitivamente, e a conhecida simbologia do renascimento associada a Escorpião, com a influência de Saturno, é para experientes e não para novatos. Lembrando que antes do renascimento existe a morte e, quem quer morrer (mudar radicalmente) levante o dedo.
Pois, é. Por isso, é difícil lidar com tal energia que envolve Senhores severos como Plutão e Saturno. Porém, é possível que motivados pela passionalidade tenhamos uma expressiva quantidade de voluntários dispostos a colaborar com o processo. Há um tom inexorável de imposto cármico neste eclipse e nós sabemos que tudo tem seu preço queridos viventes, gostemos ou não. Então, acertemos as contas e, antes de mais nada, cada um consigo mesmo.
Transformações e mudanças que atingem as massas podem ser dolorosas e traumáticas e aqui também temos um chamado para a responsabilidade e trabalho dos verdadeiros curadores.
Um eclipse em Escorpião nos chama, o mundo, para uma revisão de valores, para o entendimento de que valem os legados muito mais que as posses. De que viver para as posses e a matéria é viver seqüestrado pela angústia da certeza da morte e, ao contrário, viver com nossas mentes voltadas para o compartilhamento de nossos recursos e construção responsável de nossos legados nos liberta do medo do fim, dá sentido à existência e garante nossa continuidade neste plano.
Quem sabe não chegou a hora de vermos nosso mundo e seus recursos como uma grande franquia e tratarmos uns aos outros como parceiros franqueados.
Por EHVM